Chamamos as uvas nativas, historicamente, de uma certa região ou país de uvas autóctones, nascidas no local.
As uvas nativas de cada região - autóctones - possuem uma história local que não pode ser descartada. A riqueza do mundo do vinho repousa nessa adaptação das plantas às condições do território e ao aprendizado dos vinicultores ao longo do tempo.
Se buscarmos informações em livros e na internet, perceberemos que existem diferentes dados de quantas uvas existem pelo mundo. Jancis Robison, cita que temos mais de 10.000 espécies de uvas pelo mundo, onde apenas 1.368 são usadas para produzirem vinhos.
Uvas autóctones, geralmente menos conhecidas da maioria das pessoas, são uvas nativas de uma determinada região.A Itália é um dos países com o maior numero delas, cerca de 377 uvas.
No dicionário, essa palavra origina do grego e significa “natural do país”.
Diferentes delas, as chamadas uvas internacionais, que se espalharam pelo mundo, internacionalização talvez por serem uvas que possuem melhor adaptação a diversos climas, solos e pragas, ou ainda por terem caído no gosto da maioria dos consumidores.
As uvas autóctones são mais usadas em regiões que as valorizam, principalmente países como Itália, França, Portugal, Espanha, etc.
São alguns exemplos dessas uvas:
Portugal: Arinto e Antão Vaz (Alentejo), Alfrocheiro (Alentejo), Alvarinho (Minho), Touriga Nacional (Douro), entre outras.
Touriga Nacional: uva escura, aromática, rica em frutose e taninos; originalmente vinha da região do Dão, em Portugal, mas agora, e considerada a melhor uva para o principal vinho do país, o Porto, feito na região do Douro.
Italia: Teroldego (Trentino), Corvina (Vêneto), Moscaro Rosa (Alto Adige), Ribolla Gialla (Friuli), Sangratino di Montefalco (Umbria), Morello Mascalese (Sicília), Fiano (Campania), Aglianico (Sul da Itália), Primitivo (Puglia), Negroamaro (Puglia).
Primitivo (conhecido como Zinfandel nos EUA)
Negroamaro
Na Grécia os nomes são tão complicados quanto os das ilhas, mas Xinomavro, Assyrtiko e Agiorgitiko produzem no calor do Mediterrâneo vinhos de grande personalidade.
Na Espanha, apenas para começar podemos citar a Tempranillo, que curiosamente troca de nome entre regiões, podendo se chamar Tinto Fino, Tinta de Toro, Ull de Liebre... Os tradicionais Cavas, espumantes de grande qualidade, são produzidos com as variedades Macabeo, Parelleda e Xarel-lo.
Tempranillo: é uma variedade cujo nome espanhol sugere que amadurece mais cedo (temprano – “prematura”) que a maioria das variedades tintas.
Na França podemos citar a Cabernet Franc e a Sauvignon Blanc no Val de Loire, Chardonnay e Pinot Noir na Borgonha, Gewürztraminer e Tocai na Alsácia, Malbec em Cahors, Tannat no Madiran, Petit Manseng e Gros Manseng no Jurançon, Syrah, Grenache e Mourvèdre no Rhône e por aí vai.
Hoje existem muitos consumidores um pouco cansados de vinhos de uvas Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Merlot, e muitas uvas internacionais, procurando cada vez mais descobrirem vinhos exóticos de uvas diferentes, resgatando para os apaixonados, outras agradáveis e prazerosas experiências.
Alguns exemplos:
Alguns exemplos:
Cabernet Franc: é considerada a prima irmã da Cabernet Sauvignon, embora seja uma versão mais leve e com menos taninos.
Cabernet Sauvignon: considerada a “rainha dos vinhos tintos”, tem cor carregada e pele grossa, com muito tanino.
Carmenere: uva francesa de Bordeaux que se julgava quase extinta desde o advento da filoxera, no século XIX. Foi identificada recentemente no Chile.
Grenache: uma das uvas mais plantadas no mundo.
Merlot: é muito similar a Carbernet Sauvignon, mas mais suave.
Pinot Noir: é uma uva de pele fina e com pouco tanino. Muito sensível as condições climáticas é a responsável pelos mais famosos tintos da Borgonha, na França,
Shiraz ou Syrah: é uma das variedades mais antigas que se conhece; segundo a lenda, Jesus teria tomado um vinho dessa uva na ultima ceia, já que era a uva plantada por toda a Jerusalém.
Chardonnay: adaptou-se bem a várias regiões vinícolas do mundo.
Chenin Blanc: principal uva do Loire, onde origina desdebrancos secos, que envelhecem bem, a vinhos doces, complexos de sobremesa e até espumantes estilo Champagne.
Riesling: é considerada, ao lado da Chardonnay, umas das principais uvas do mundo. Originaria de climas frios como o da Alsácia na Franca e na Alemanha.
COM O PASSAR DOS VINHOS OS ANOS FICAM MELHORES!