Via Vinum é uma adega boutique no Real Parque.
Nela você encontra os melhores rótulos de vinhos nacionais e importados além de opções de champagnes, linha gourmet e outros acessórios.

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Aqui no Blog falamos do mundo dos vinhos, além de darmos dicas e informarmos sobre degustações e promoções da Via Vinum.


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

GARRAFA DE VINHO FEITA DE PAPEL: NOVA DISCUSSÃO OU SOLUÇÃO?

 
 
Enquanto vemos muitas vinícolas do novo mundo engarrafando seus vinhos em garrafas grandes e pesadas, principalmente os mais especiais, para que sejam mais imponentes, vemos alguns movimentos no sentido contrário, pensando sempre no meio ambiente. Um dos maiores exemplos disto é a primeira garrafa de vinho feita totalmente de papel, que será colocada no mercado em breve. A "GreenBottle", será lançada em Manchester, Inglaterra.

A garrafa, que possui um material similar ao plástico por dentro, para manter o frescor da bebida e pesa 55 gramas. Isto significa nada menos que 10 vezes mais leve do que a garrafa tradicional, o que diminui de drásticamente os preços de transporte e exportação e também libera apenas 10% do carbono da produção de uma garrafa de vidro. A meta da empresa é  vender as máquinas para  que as próprias vinícolas produzam a garrafa. A capacidade de produção da máquina é de 50 garrafas por minuto.

Seria esta mais uma "guerra" que vai gerar mil discussões sobre a conservação do vinho e etc, assim como as rolhas de cortiça, rolhas sintéticas, screwcap e por ai vai…?
 
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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013


1.Planeta Burdese- A vinicola Planeta é conhecida por elaborar  vinhos de uvas autóctones, mas este tinto é a prova de que excelentes exemplares de uvas francesas também são produzidos pela vinícola. Tinto escuro, com aroma intenso de frutas negras em compota, menta e especiarias. Em boca é glicerinado, carnudo com taninos maduros e notas amadeiradas.

2. Planeta Santa Cecilia - frutado com notas destacadas em especiarias e cravo com o sabor bem intenso, um passeio às terras sicilianas.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

ROSE D’ANJOU RÉMY PANNIER 2010 NÃO ENTENDO O PRECONCEITO COM OS ROSES



Este rose do vale do Loire em Anjou, no Loire médio é muito bom. Não consigo entender porque tanto preconceito com os roses. Afinal vão muito bem com  a conceituada culinária oriental, são parceiros inseparáveis de comidas levemente condimentadas e aromáticas como as da Índia. São descompromissados mas não perdem o charme.

A REGIÂO: Este vem da região do loire, França. Mais impositivo que os Provençais.

A região, mais próxima do Atlântico nos oferece outro clima, mais fresco no verão e um pouco menos rigoroso no inverno, ideal para a Chenin Blanc e para a Cabernet Franc, nativa da cidade de Chinon, bem perto de Anjou.

Vejam a foto:


Em Anjou são produzidos vinhos brancos e tintos. Os brancos predominantemente feitos de Chenin Blanc, Chardonnay e Sauvignon Blanc. Os tintos, inevitavelmente de Cabernet Franc.

Mas os roses são um capítulo a parte. Os Roses D’Anjou vão desde os bem secos até o meio doces.

Este, especificamente, feito com as uvas Cabernet Franc, Gammay e Grolleau é seco, levemente ácido e muito refrescante.

Importante destacar o Crémant de Loire, o espumante (Crémant) os melhores são produzidos pelo método tradicional (Champenoise) em Saumur e Vouvray em Touraine. Os de Saumur são feitos de Chenin Blanc,  Chardonnay, Sauvignon Blanc e Cabernet Franc.

O PRODUTOR: Rémy Pannier é um gigante na elaboração de vinhos da região. Produz, tintos, roses e brancos, em destaque o Muscadet Sevre Et Maine, perto de Nantes. Está estabelecido desde 1885, portanto tem alguns anos de experiência.

O VINHO: Este rose cumpre a honra de Anjou neste estilo de vinho. Feito com as castas Cabernet Franc (estrutura, cor e aomas) a Gammay (aromas e suavidade) e a Grolleu volume, formam um rose esplândido.

No visual cor típica dos roses da Provence , aquela clássica cor de casca de cebola. No nariz muito frutado lembrando algo de frutas secas, damasco e tâmaras. Na boca um azedinho constante, característica dos bons roses, acidez leve a média o que o torna refrescante e bastante final de gole.

Um vinho a ser indicado, apreciado e parceiro de culinária oriental.

Fiquem com uma aula sobre os melhores roses da França e, por certo do mundo.


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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Diferença entre Champanhe, Espumante e Prosecco


Está chegando o final do ano e nada melhor do que beber para comemorar a chegada do ano novo!


Vocês sabem qual é a diferença de Champanhe, Espumante e Prosecco?

Espumante

Nem tudo o que parece é. Em regra, a confusão entre tais termos ocorre quando estamos diante de um vinho visivelmente gaseificado (presença de CO2). Primeiro, registremos a célebre frase: Todo champagne é espumante, mas nem todo espumante é champagne. Acrescento, ainda, outra: Nem tudo que não é champagne é prosecco.

É chamado de espumante (ou sparkling wine) todo vinho que sofre duas fermentações naturais. A primeira é a fermentação alcoólica, comum de todos os vinhos, que transforma o açúcar da uva em álcool e que ocorre em tanques ou barris de carvalho. A segunda, onde o espumante adquire a efervescência, tanto pode ocorrer em tanques de aço inox pressurizados (método charmat) como podem ser feitas na própria garrafa (método champenoise ou tradicional/clássico)

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Prosecco 

Prosecco , até então, era somente o tipo de uva (cepa) nativa da Italia, mais precisamente nas regiões de Valdobbiadene e Canegliano, no Vêneto. Então, não se poderia dizer que os proseccos fossem vinhos exclusivos da Itália, pois ao contrário dos champagnes, era permitido chamarmos de prosecco um vinho feito fora daquele país, desde que elaborado a partir da uva prosecco. .No entanto, há cerca de 2 anos, a Italia, assim como fez a França, no passado, com seu champagne, editou lei alterando o nome da cepa Prosecco, chamando-a agora de "glera". O termo Prosecco fica reservado para a região italiana produtora do vinho, que além do Veneto agora também estão incluidas as áreas do Friuli. Dessa forma, proibe-se a utilização do termo prosecco para vinhos que não forem produzidos nessas regiões  No entanto, parece que a lei por aqui ai não pegou, sendo fácil encontrar "proseccos" nacionais vendidos nos grandes mercados e lojas especializadas.

Diferentemente dos champagnes e dos cavas, os proseccos são elaborados pelo método charmat, onde a segunda fermentação ocorre em grandes tanques de aço inox e não na própria garrafa.

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Champanhe

O champanhe ou champanha (em francês champagne) é um vinho branco espumante, produzido na região de Champagne, nordeste da França, através da fermentação da uva (uma espécie ou várias).O champanhe é produzido na região administrativa de Champagne-Ardenne, cuja capital é Epernay. Foi próximo a Epernay, no povoado de Hautvillers, que os monges Dom Pérignon e Dom Ruinart se esforçaram muito para domar os vinhos que fermentavam novamente nas garrafas, fazendo-as explodir.

Esta antiga província histórica produz igualmente os vinhos chamados "tranquilos" (não-espumantes) que levam denominações diferentes como tintos, brancos ou rosados e são produzidos nas cidades de Bouzy, Virtudes, Damery.

No entanto, a região de Champagne produz, em grande maioria, vinhos espumantes (brancos ou rosados) chamados simplesmente de champanhe, sem mais especificações. Eles são produzidos obrigatoriamente à base apenas das uvas chardonnay , pinot noir e pinot meunier. A flûte é o tipo de taça comumente usada para saborear o champanhe.

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Surgimento

Aos romanos atribui-se o facto de terem plantado as vinhas na região, embora haja documentos históricos que atestem que a cultura da vinha vem de muito antes, como do famoso escritor de então Plínio, que escrevia já dos famosos vinhos e vinhas desta região, e aos romanos se deve o início da produção dos espumantes em França.
Um dos motivos que elevaram a fama deste vinho foi o fato de que em Reims, cidade mais importante de Champagne, foram coroados quase todos os grandes reis da França. A coroação acontecia na catedral de Notre-Dame de Reims, construída em 1225, e nas comemorações era servido champanhe. Por este motivo, ficou conhecido como o vinho dos reis.

Dom Pérignon

Com o aparecimento de Dom Pérignon, que era um monge beneditino da Abadia de Hautvillers, em 1670, houve uma "revolução" na produção do champanhe. A Dom Pérignon, um estudioso da matéria, deve-se a descoberta dos cinco principais elementos que em muito contribuíram para o champanhe tal como ele é hoje:

A mistura de diferentes vinhos da região, conseguindo que o produto fique mais harmonioso.
Separação e prensagem em separado das uvas pretas que predominam em Champagne, obtendo assim um cristalino sumo de uva.

O uso de garrafas de vidro mais espesso para melhor permitirem a pressão da segunda fermentação em garrafa.

O uso da rolha de cortiça, vinda de Espanha, que permitiu substituir o anterior sistema, pauzinhos de cânhamo embebidos em azeite.

A escavação de profundas adegas, hoje galerias com vários quilômetros de extensão e usadas por todos os produtores, para permitir o repouso e envelhecimento do champanhe a uma temperatura constante.

Denominação de origem controlada (AOC)
Vinhas de Champagne em Verzenay, subregião de Montagne de Reims

A região produtora de champanhe foi delimitada em 1927 e ocupa uma área de 32 mil hectares (a região demarcada do Douro, mais antiga e maior, foi criada em 1756 e ocupa 250 mil hectares).

O nome Champagne é uma AOC, a mais rigorosa Denominação de Origem utilizada em França, equivalente à DOC utilizada em Portugal. A indicação "AOC" nunca aparece nas etiquetas das garrafas de champanhe, pois todos os vinhos com o nome original "Champagne" são produzidos na região, seguindo a legislação.[1] Esta é a única apelação, junto com a de Cognac, que está dispensada desta menção, pois é a única região cujos vinhos são todos classificados (todas as outras regiões vendem vinhos DOC e vinhos desclassificados).

A palavra "champagne" também é protegida com grande vigilância, e apenas pode ser utilizada nos vinhos originais da região. Qualquer vinho semelhante, mesmo produzido pelo método champanhês noutros locais ou países só pode apelidar-se de "espumante" e nunca "champanhe".

Assim, a comuna de Champagne, com 660 habitantes, situada no cantão de Vaud, na Suíça, teve que renunciar a mencionar o nome de Champagne nos vinhos (não espumantes) produzidos em seu território - de 28 hectares - segundo um acordo internacional entre a Suíça e a União Européia em Dezembro de 1998.

Pela mesma razão, a firma Yves Saint-Laurent teve que interromper o lançamento de um perfume que tinha chamado de Champagne. O nome do perfume foi finalmente modificado, sendo comercializado sob o nome de Yvresse.

Entretanto, especialmente nos Estados Unidos, é comum vinhos espumantes apresentarem no rótulo a inscrição "champagne" ou "american champagne", prática combatida, por exemplo, pelo Champagne Bureau. No Brasil, alguns produtores gaúchos de vinhos espumantes conseguiram, nos anos 1970, autorização do Supremo Tribunal Federal, a corte máxima brasileira, para manter a denominação "champanhe" em seus rótulos, sob a alegação de que produziam o vinho antes da regulamentação de 1927. Dentre esses produtores que conseguiram a autorização, está a empresa Peterlongo.

Fabricação

Caves em Reims
O processo de fabricação é demorado e caro, sendo praticamente o mesmo de séculos atrás. A principal alteração no processo foi supostamente introduzida por Nicole Ponsardin, a viúva de Felippe Clicquot (Veuve Clicquot), que desenvolveu um método para retirar todo o fermento da garrafa (entretanto, o mais provável é que o método tenha sido criado pelo seu chefe de adega, segundo o livro "Champanhe - Como O Mais Sofisticado Dos Vinhos Venceu A Guerra E Os Tempos Dificeis", de Don e Petie Kladstrup). Antes disso o champanhe era turvo e com aroma residual de levedo. Um champanhe comum leva pelo menos dois anos para ficar pronto e os especiais até cinco anos. Ficam estocadas nos subterrâneos das cidades nos crayères, que são túneis cavados no giz. A casa Moët et Chandon tem 28 quilómetros de túneis onde estão armazenadas milhões de garrafas esperando a conclusão do processo de fabricação.

Quanto às uvas utilizadas, são três: a chardonnay (em maior proporção), a pinot noir e a pinot meunier. Estas últimas são uvas tintas mas os vinhos utilizados, elaborados sem a casca, são brancos.

O champanhe é um corte (mistura de vinhos em proporções determinada pelos enólogos) de trinta a até cerca de duzentos vinhos brancos. O tradicional é feito com um corte de cerca de 30% de vinhos brancos de uvas tintas, o rosé com corte de vinhos tintos, o blanc de blanc, apenas com uvas brancas e o blanc de noir elaborado apenas com uvas tinto.

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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Conheça 10 curiosidades e dicas sobre vinhos


Que o vinho é uma das descobertas mais apreciadas no mundo inteiro há milhares de anos, a maioria das pessoas já sabe. Mas existem fatos muito mais interessantes e curiosos sobre esta bebida maravilhosa que não são tão conhecidos assim.

1- Se você adora tomar vinho tinto, mas evita por causa do pigmento que ele deixa nos lábios, não se preocupe, pois basta misturar uma pequena quantidade de açúcar e água na ponta dos dedos, esfregar contra seus lábios e pronto: você já pode saborear sua taça sem se preocupar.

2- Há um vinho para cada estação do ano e geralmente se indica que no outono sejam saboreados os tintos de médio corpo; no inverno, os tintos mais encorpados; na primavera, vinhos rosés; e no verão, os mais refrescantes como vinhos brancos, frisantes, espumantes e frutados.

3- Produto destilado das uvas brancas, o conhaque também é feito de vinho!  Mas apesar de terem a mesma origem, vinho e conhaque são muito diferentes em seus teores alcoólicos, coloração e modo de fabricação: o conhaque em específico, é envelhecido em tonéis de carvalho.

4- Existe até a taça certa para cada tipo de vinho, para que na degustação, todas as características do sabor sejam privilegiadas e mantidas inalteradas. Algumas das dicas mais comuns é que sejam taças transparentes feitas sempre em cristal.

5- Segundo superstições, quando se derrama vinho à mesa, é sinal de alegria próxima!


6- Há uma diferença muito grande entre os vinhos denominados “suaves” (de mesa) e os “finos” (doces). Produzidos com as uvas europeias (as ideais para produção do vinho), os vinhos finos são naturalmente adocicados pela glicose da uva e seu custo de produção é maior. Já os vinhos suaves, recebem adição de açúcar por serem produzidos com uvas americanas que não possuem a substância natural adoçante, fazendo com que percam qualidade.

7- Por possuírem uma substância chamada tanino, os vinhos são antioxidantes naturais e com um consumo de 150ml por dia, você já poderá prevenir o envelhecimento precoce e outras doenças como o câncer.

8- Alguns vinhos são rotulados com o termo “vinho reservado” como uma jogada de marketing para a venda, pois o termo não significa qualidade superior, e eles podem ser até os mais simples feito pela vinícola. Já os “vinhos de reserva” são aqueles feitos de modo criterioso, com maceração especial e respeito ao tempo necessário para que o sabor chegue ao ponto ideal.

9- Quando se trata do profissional que trabalha diretamente na indústria dos vinhos, coordenando e supervisionando uma produção, estamos falando do enólogo. Já quando falamos de alguém que atende aos clientes em um restaurante, auxiliando na escolha e harmonização do melhor vinho, se trata de um sommelier.

10- A diferença entre frisantes e espumantes está na quantidade de gás que é colocado em cada um durante o engarrafamento. Os frisantes recebem uma quantidade mais sutil, enquanto os espumantes ficam com um maior volume de gás.

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Não confunda Decantar com Aerar um vinho



Quando você coloca o vinho no decanter, seu objetivo é decantar ou aerar? Você está decantando o vinho ou aerando o vinho?

São processos muito diferentes, com procedimentos e indicações diversas para vinhos diferentes, é preciso saber o que significa cada processo e como utilizá-lo para poder "obter o melhor do vinhos", já que o objetivo final e resumido é este, e não usar o decantes por ele ser bonito ou talvez para impressionar os convidados sugerindo conhecimento no assunto.

Então vamos lá, vamos fazer as coisas com objetivos claros e segurança de propósito, para resultados efetivos.

Começando a entender a questão...

Por definição decantar significa: "transvazar um líquido para separá-lo de suas impurezas", mas nem tudo o que acontece no decanter é feito para separar as impurezas (sedimentos) de um vinho, porém o nome acaba trazendo generalizações muito equivocadas.

Existem dois processos que podemos executar no decanter:

1. Aeração do vinho: neste caso você passou o vinho pelo decanter ou aerou o vinho;
2. Decantação do vinho: neste caso você decantou o vinho.

Aeração do Vinho


Quando deve ser feita a aeração?
Todos os vinhos tintos com alguma qualidade, e não excessivamente antigos, para seu estilo, deveriam passar pelo decanter, incluindo vinhos jovens, a não ser os considerados muito simples, todos os vinhos com estas condições devem passar pelo decanter para o processo chamado de aeração.

E os vinhos brancos? Os especiais com maior poder olfativo também se beneficiam deste processo. Há quem sugira, por exemplo o reconhecido especialista, Jorge Lucky, que se coloque a maioria dos vinhos brancos no processo de aeração, já que o mesmo libera aromas desagradáveis que possam ter se formado no processo em garrafa eliminando-os e oferecendo a oportunidade da expressão olfativa mais abrangente para os vinhos brancos também. Eu já testei e concordo plenamente, faz muita diferença especialmente para quem valoriza a expressão olfativa de um vinho branco.

Como se dá o processo de Aeração do Vinho?

Simplesmente colocando-o lentamente no decanter e deixando-o por algum tempo, isto é o que a maioria por ai chama de decantar o vinho, mas decanter o vinho é "outra coisa". Isto que escrevi, seria "aerar o vinho".

A aeração de um vinho, tem o propósito de permitir melhor expressão ao vinho tanto nos aspectos olfativos, como na expressão se seus taninos, eu não sei dizer se acontece alguma polimerização dos taninos em tão pouco tempo, que seria o tempo de decanter, mas uma coisa é certa, que eles tornam-se bem mais cavalheiros com esta passagem, lá isso é fato, e é facilmente comprovável por todos, os taninos tornam-se mais elegantes e macios ao paladar.

Não é preciso ir muito longe para entender isto. Pegue um vinho com alguma qualidade e de uma casta que costume ter taninos mais valentes, por exemplo um cabernet sauvignon, abra e coloque na taça, deguste, em seguida coloque despeje a garrafa no decanter lentamente, aguarde, pelo menos de 1 a 2 horas e então deguste este vinho que foi aerado, aliás é para isto que o decanter é largo em baixo , exatamente para proporcionar que o vinho tenha maior contato com o oxigênio, bem como os aromas bem mais nítidos e presentes.

Qual o tempo indicado para a aeração do vinho?

De 30 a 2 horas, em regra geral, mas isto sua experiência irá ajustando aos poucos de acordo com o vinho em questão, pois vai depender da casta, da qualidade do vinho, da idade do mesmo. Porém CUIDADO com vinhos de mais idade, já no limite de seu apogeu, ou no apogeu, pois eles podem estar frágeis e neste caso, não é indicado tempo de aeração, será feita então a decantação do vinho e servido a seguir e com muito cuidado.

Dicas:

Um vinho não pode ser servido à temperatura ambiente aqui em nosso país tropical, assim, em regra geral, os vinhos tintos tem o melhor de sua expressão se mantidos em torno de 16º a 18º, portanto cuidado com este detalhe, pois ao colocá-lo no decanter o mesmo perderá a temperatura. Uma boa prática para contornar isso é colocar o decanter dentro de uma pequena travessa redonda de vidro temperado um pouco maior que a base do decanter e dentro dela coloco água e algumas pedrinhas de gelo, se o vinho veio da geladeira (em torno de 10º) ou da adega (em torno de 14º) ele já está abaixo da temperatura ideal de serviço, portanto 30 minutos na temperatura ambiente não será problema, mas ele tem que ser mantido até máximo 18º. Depois então coloque as pedrinhas de gelo na água da travessa, com o decanter dentro dela. Usando sua sensibilidade e prática, atenção, isto que parece complicado fica muito mais simples. Como veem o mais correto é dizer que o vinho precisa "passar por decanter" e não que o vinhos precisa ser decantado, o processo de decantação do vinho é outro e tem outros objetivos e cuidado.


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