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quarta-feira, 16 de julho de 2014

A Vida de Beethoven



Ludwig van Beethoven nasceu a 16 ou 17 de dezembro de 1770 em Viena e morreu a 26 de março de 1827.  A sua família era de origem flamenga, o seu avô de quem herdou o nome, nasceu em Antuérpia. O pai de Ludwig, era tenor e foi dele que Beethoven recebeu as primeiras lições de música, estudava música todos os dias, durante muitas horas, desde os cinco anos de idade. No entanto o seu pai era alcoolico e isso influenciou em parte a sua infância.


A sua mãe, Maria Magdalena Kewerich, casou duas vezes, o primeiro marido foi Johann Leym, tiveram apenas um filho, Johann Peter Anton, que nasceu e morreu em 1764. Depois da morte do marido, Magdalena, viúva, casou com Johann van Beethoven, tiveram sete filhos: o primeiro, Ludwig Maria, que nasceu e morreu no ano de 1769; o segundo Ludwig van Beethoven (1770-1827), o compositor, que morreu com 57 anos; o terceiro, Kaspar Anton Carl van Beethoven (1774-1815) que também tinha dotes para a música e que morreu com 41 anos; o quarto, Nicolaus Johann van Beethoven (1776-1848), que se tornou muito rico, graças à indústria farmacêutica, e que morreu com 72 anos; a quinta, Anna Maria, que nasceu e morreu em 1779; o sexto, Franz Georg (1781-1783), que morreu com dois anos de idade e a sétima, Maria Magdalena (1786-1787), que morreu com um ano de idade. Portanto, Beethoven foi o terceiro filho da sua mãe e o segundo do seu pai, teve seis irmãos, quatro dos quais morreram na infância. 


Ludwig nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre revelou um talento excepcional para a música. Com oito anos de idade, foi confiado a Christian Gottlob Neefe o melhor mestre de cravo da cidade. Beethoven compôs as suas primeiras peças aos onze anos de idade, iniciando a carreira de compositor, os seus progressos foram de tal forma notáveis que, em 1784, já era organista-assistente da Capela Eleitoral, e pouco tempo depois, foi violoncelista na orquestra da corte e professor, assumindo já a chefia da família, devido à doença do pai(alcoolismo). Foi nesta altura que conheceu o jovem Conde de Waldstein, a quem mais tarde dedicou algumas das suas obras, pela sua amizade. Este, percebendo o seu grande talento, enviou-o, em 1787, para Viena, a fim de ir estudar com Joseph Haydn. O Arquiduque de Áustria, Maximiliano, subsidiou então os seus estudos. No entanto, teve que regressar pouco tempo depois, assistindo à morte da sua mãe. A partir daí, Ludwig, com apenas dezessete anos, lutou contra as dificuldades financeiras.


Em 1792, já com 21 anos de idade, muda-se para Viena onde permanecerá para o resto da vida. Procura então complementar mais os seus estudos, o que o leva a ter aulas com Antonio Salieri, com Foerster e Albrechtsberger. Tornou-se um pianista virtuoso, cultivando admiradores. Foi em Viena que lhe surgiram os primeiros sintomas da sua grande tragédia. Foi-lhe diagnosticado, por volta de 1796, tinha Ludwig os seus 26 anos de idade, a congestão dos centros auditivos internos, o que lhe transtornou bastante o espírito, levando-o a isolar-se e a grandes depressões. Consultou vários médicos, fez curativos, realizou balneoterapia, usou cornetas acústicas, mudou de ares; mas os seus ouvidos permaneciam arrolhados. Desesperado, entrou em profunda crise depressiva e pensou em suicidar-se. 


Embora tenha feito muitas tentativas para se tratar, durante os anos seguintes, a doença continuou a progredir e, aos 46 anos de idade (1816), estava praticamente surdo. Porém, ao contrário do que muitos pensam, Ludwig jamais perdeu a audição por completo, muito embora nos seus últimos anos de vida a tivesse perdido. De 1816 até 1827, ano da sua morte, compôs cerca de 44 obras musicais. A sua influência na história da música foi imensa. Ao morrer, a 26 de Março de 1827, estava a trabalhar numa nova sinfonia, assim como projectava escrever um "Requiem".


Ao contrário de Mozart, que foi enterrado anonimamente numa vala comum (o que era o costume na época), cerca de 20.000 cidadãos vienenses enfileiraram-se nas ruas para o funeral de Beethoven, a 29 de março de 1827. Franz Schubert, que morreu no ano seguinte e foi enterrado ao lado de Beethoven, foi um dos portadores da tocha. Beethoven foi enterrado no cemitério Währing em Viena, os seus restos mortais foram exumados para estudo, em 1862, sendo transferidos em 1888 para o Cemitério Central de Viena.


Há controvérsias sobre a causa da morte de Beethoven, muitos apontam para cirrose alcoólica outros para sífilis, hepatite e até mesmo envenenamento. Beethoven compôs uma das musicas clássicas da minha preferência pessoal a "Eroica".


Foi o vinho que causou a surdez de Beethoven e tambem, possivelmente a sua morte. Pelo menos foi essa a conclusão que chegaram M.Stevens, T. Ballingham e A.K.Crofts que fizeram uma ampla revisão de estudos sobre as prováveis causas desta surdez.

Concluíram que o envenenamento por chumbo e a melhor explicação para a causa da lenta e progressiva perda de audição de Beethoven. O consumo recorrente do vinho contaminado com este metal explicaria não só sua surdez como inúmeros outros problemas de saúde apresentados pelo musico.

O consumo de vinho por Beethoven pode ser a melhor explicação para sua perda de audição e ate sua morte, mas talvez também tenha sido uma alavanca inspiratória para sua majestosa e imortal obra.


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