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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Vinho em 24 quadros por segundo


Há 20 anos, o Festival Internacional da Uva e do Vinho Oenovideo celebra as produções de vídeo e imagens que têm o vinho como mote


As imagens vão se sucedendo, às vezes frenéticas, às vezes plácidas. No mundo da velocidade, da tecnologia, da urgência, como encaixar a filosofia do amor à terra e às tradições, da paciência e todo esse universo que gira em torno do ciclo anual de uma planta de resistência milenar - como é a videira - em uma linguagem suportada pelos famosos "24 quadros por segundo"?

De repente, surge na tela um cenário bucólico de uma paradisíaca ilha grega, Santorini, de apenas 73 km2. Lá, em uma típica paisagem da "Arcádia", um velho vinhateiro senta-se para descansar com seus arados puxados por cavalos, que riscam trilhas entre vinhas de grossos troncos antigos. Seria um quadro perfeito do Romantismo, se não fosse por um pequeníssimo detalhe: o agricultor fala ao celular.
Esta cena é do documentário Pelican's Watch, da diretora grego-dinamarquesa Lea Binzer, que trata de uma pequena comunidade de vinhateiros de Santorini ameaçada de extinção face à demanda econômica por atividades turísticas mais rentáveis. O filme é uma das iniciativas que buscam revelar e reafirmar, com um apelo simbólico além-fronteiras, a importância da preservação de uma cultura ancestral encarnada no cultivo da vinha e no compartilhamento do vinho por aqueles que através dele consagram a sua identidade cultural.

Tocante e chocante, o documentário emocionou a todos pelo sensível tratamento das imagens, ritmado pela obra da compositora grega Laoura Gini, e pelo tom de revolta dos vinhateiros da ilha. Segundo a diretora, mais do que emocionar, Pelican's Watch tem o intuito e o compromisso de revelar a extrema insatisfação que corre nas veias de seus habitantes e confrontá-la com as imagens paradisíacas, correntemente associadas às ilhas gregas. Por isso, recebeu o troféu especial do o Festival Internacional da Uva e do Vinho Oenovideo 2013.

A cultura do vinho em filmes e imagens


A agenda francesa de eventos em torno do vinho é frenética, são centenas de feiras, salões, degustações, seminários, visitas guiadas a regiões e Châteaux, cotidianamente. Do mesmo modo, é intensa a produção cinematográfica. Além dos museus, exposições e espetáculos, Paris é a cidade mais cinéfila do mundo: segundo pesquisa da World Cities Culture Report 2012 (um relatório da vida cultural em 12 das principais cidades mundiais), são 1010 salas de cinema na capital francesa contra 566 em Londres e 501 em Nova York. Vinho e cinema são, portanto, dois universos culturais e econômicos extremamente importantes para o país. Poucos sabem, no entanto, que, há 20 anos, as duas temáticas se reúnem anualmente em torno de um festival de cinema totalmente voltado ao registro do vinho, chamado Oenovideo.


A edição 2013 ocorreu entre os dias 31 de maio e 2 de junho em Carcassonne, França. Amantes e profissionais do vinho, cineastas, fotógrafos, produtores de vinhos de Minervois e imprensa especializada em vinhos e cinema reuniram-se para celebrá-lo na Tour de Trésau da Cité de Carcassonne, cidade medieval francesa com status de patrimônio mundial. Juntamente com o festival, há oito anos, é realizada a exposição "Terroir de Imagens", que reúne ampliações de 100 fotos de vinhas e vinhos. Neste ano, o tema escolhido para orientar a produção fotográfica, subdividida em duas categorias - profissionais e amadores - foi "Festejar e degustar o vinho nos cinco continentes".

Obviamente que, dada a origem do festival e a sua realização prioritária na França (apenas três edições aconteceram na Suíça), predominam inscrições do próprio país, mas a participação internacional é crescente, assim como em tudo que se refere ao vinho. Nesta edição, especificamente, dentre 26 filmes selecionados de um total de 114 inscrições, 14 eram de outros países, além da França: Alemanha, Inglaterra, Austrália, Argentina, Bélgica, Canadá, Croácia, Estados Unidos, Espanha, Itália, Grécia, Portugal e Suíça.

Vinho como inspiração

Há uma flexibilidade quanto às origens das fotos e dos filmes em termos de autoria (regiões e profissionais), formatos (curta, média e longa metragem) e abordagens (ficção, documentário, institucional), desde que o motivo principal seja o vinho. A organização do festival comenta que o perfil internacional cada vez mais se consolida e que, especialmente neste ano, mesmo as abordagens sobre o vinho francês são originárias, em parte, de um olhar estrangeiro sobre a sua vitivinicultura e influências em contextos exteriores.

É assim que temos um curta-metragem que versa sobre o legendário Grand Cru borgonhês Romanée-Conti, que também é um dos emblemas homenageados pelo documentário biográfico "L'Évangile selon Champlain" ("O Evangelho segundo Champlain"), sobre o canadense Champlain Charest, proprietário do Bistrô Champlain, em Quebec. O bordalês Château Lafleur é outro vinho que dá tema e nome ao curta-metragem alemão "Lafleur", uma ficção que retrata um encontro entre um amante de vinhos e uma sommelière para a degustação de um Château Lafleur 1979 - que conquistou o prêmio de escolha do público do Oenovideo 2013.

Não mais por estrangeiros, mas por franceses, Bordeaux é tema de "La vente en primeur des vins Grands Crus Classés bordelais", um documentário sobre a importante campanha anual de promoção e venda antecipada de vinhos da nova safra de Bordeaux - e venceu na categoria "melhor filme destinado aos profissionais".

De pomposa produção inglesa, Red Obsession, escolhido como um dos melhores longas-metragens, é um filme que trata do fenômeno de inflação dos vinhos de Bordeaux após o investimento do emergente mercado chinês nos vinhos da região. O filme mostra as imagens do sucesso e glamour dos bordaleses entre a elite chinesa, disposta a pagar uma fortuna por esses rótulos e é narrado por ninguém menos que o galã Russell Crowe.

Carcassonne se situa dentro das demarcações de Minervois, no Languedoc

Com produções do mundo todo, o grande prêmio deste ano ficou com um documentário sobre vinhateiros na ilha de Santorini, na Grécia


Veja os trailers em www.oenovideo.oeno.tm.fr

A América do Sul esteve representada por dois filmes: "Boom varietal: the rise of Argentine Malbec", um filme norte-americano que fala da explosão de vendas dos Malbec argentinos nos Estados Unidos - e ganhou o prêmio de melhor imagem. E o outro país sul-americano representado foi o Chile, com o vídeo institucional "Santa Rita 120", um filme de 2 minutos cujo desafio é recriar o conceito de 120 vinhos, relacionando-os à independência chilena.

As sessões foram avaliadas por um júri presidido pelo cineasta Christophe Barratier, conhecido pelo grande público devido aos filmes Les Choristes (A voz do coração) e Faubourg 36 (Paris 36). Além de cineasta, Barratier é um connaisseur "garimpador" de vinhos do sul da França, portanto a sua escolha para presidir o júri em Carcassonne não foi à toa. Segundo organizadores, o festival tem a intenção de mostrar a presença do vinho em origens e formatos variados, registrando a evolução do tema e de tudo aquilo que ele suscita em cada época e local. Barratier diz que busca encontrar algo que o comova, surpreenda tanto nos vinhos como no cinema. Ser interessante, bem feito não basta: "Que seja algo tocante ou chocante, que provoque emoções ou revoltas, e não apenas interesse." E não seria essa a natureza do vinho?

Para os enófilos cinéfilos, o festival Oenovideo mostra que no mundo há muito mais do que os clássicos hollywoodianos e que o vinho pode ser celebrado nas taças e nas telas pela sétima arte.





Fins do século XIX, o mundo passara por transformações. A França vivia o debacle da era pós-Napoleão. A monarquia era restaurada, mas logo voltaria a cair. Nessa época, um aristocrata se destacava: Henri d'Orleans, conhecido como Duque d'Aumale, um dos muitos filhos de Luís Filipe I, o último rei da França. Henri era dono de uma vasta fortuna, herdada desde muito cedo. Entre suas propriedades, por exemplo, estava o famoso Château de Chantilly, que ele restaurou após a Revolução Francesa, e lá deixou a segunda maior coleção de pinturas do país, depois do Louvre.

Devido aos constantes conflitos da época, o duque viveu no exílio entre a Casa de Orleans, na Inglaterra, e a Sicília, onde ocupou uma fazenda abandonada numa localidade chamada Zucco. Lá, passou a produzir vinho por volta de 1850. Com isso, trouxe um pouco de prosperidade à ilha italiana (empregando 4 mil fazendeiros), historicamente sempre muito pobre. O vinho Zucco, como ficou conhecido, cresceu com uma aura de charme e mistério, por guardar segredos de uma aliança entre paixão pela vinicultura, savoir-faire francês e precioso estudo do terroir siciliano.

E foi por acaso que a siciliana Lídia Rizzo encontrou os vestígios para desvendar essa lenda. "Nunca imaginaria que onde o grande chef François Vatel guardava o segredo do seu famoso creme de Chantilly, encontraria o segredo do vinho de Zucco", afirma a cineasta que criou o documentário "Zucco, o vinho do filho do rei da França", vencedor do prêmio da "Revista dos Enólogos", no festival Oenovideo 2013.

Pelas imagens de arquivos e pelas vozes de historiadores, biógrafos e descendentes de viticultores, vamos identificando vários fatos ocorridos na trajetória do vinho mundial e sua conexão com o legado referencial da França, que serviu de inspiração para o duque e tantos outros personagens da história. Segundo a cineasta, Zucco foi um vinho notável até as primeiras décadas do século XX, mas sua história e importante contribuição para a vitivinicultura se perdeu e o objetivo de sua obra é incorporá-la à memória da Itália, da França e do vinho. E não é que, dentre os relatos da biografia do duque, deparamo-nos com um dado surpreendente: ele também tinha terras no Brasil, no estado de Santa Catarina, onde produziu açúcar de cana e cachaça.

O filme mostra a multinacionalidade que está na alma do vinho de Zucco - um vinho de sobremesa de grande finesse, fruto da assemblage entre a cepa francesa Sémillon (que, em Bordeaux, botritizada, gera o Sauternes), as autóctones Catarratto Bianco e Perricone, a alemã Riesling e a espanhola Alicante, amadurecidas sob o intenso sol da Sicília.

No final do século XIX, a devastação dos vinhedos franceses pela filoxera direciona o olhar do influente mercado inglês para o oeste da Sicília, onde se faz o vinho Marsala, e depara com a produção mais modernizada de Zucco. O "moderno" ali significava justamente o oposto da industrialização, que permeava grande parte da produção regional. Segundo o enólogo italiano Giacomo Ansaldi, o produtor francês introduz uma nova filosofia na produção de vinhos e no cultivo das vinhas. Isso pode ser constatado pelos registros do estudo do solo e da criação de uma carta topográfica, com colorimetria e altimetria geológica, bem como do estudo do clima e das influências geográficas que favoreciam a amplitude térmica propícia à viticultura no território de Zucco.





Resgate histórico

No filme, as imagens combinam a simplicidade e belo colorido bucólico da região mediterrânea com as ruínas do passado imperial greco-romano e a imponente sede do vinho de Zucco, que nada parecia dever ao perfeccionismo dos crus franceses. O Duque d'Aumale não poupou investimentos: canalizou a água para irrigação das vinhas e, segundo o historiador Salvo di Matteo, transformou Zucco numa das mais belas cidades sicilianas, à moda francesa. Tudo indica que ali era a sua "Pasárgada", onde produzia o vinho que tanto o deixava orgulhoso, mantinha uma relação calorosa com a população e usava como refúgio para se recuperar de algumas dores, como da perda de dois jovens filhos e, posteriormente, da esposa, em 1869. Quando adoeceu e acabou falecendo em 1897, foi para Zucco que ele se dirigiu: "Com a ajuda deste vinho reparador, eu lutarei."

Sobre os ombros dos trabalhadores rurais, antes de ser levado para o enterro na França, seu corpo foi transportado, ao longo das vinhas, dentre todos os caminhos que costumava fazer quando vivo. Considerando os benefícios que trouxe à região, a reputação do vinho de Zucco e a admirável personalidade de Henri d'Orleans, constante nos registros biográficos, é estranho constatar que poucos na região atualmente conhecem a sua história. Após a sua morte, o Conde de Paris, Louis-Philippe-Robert, herdou a propriedade e vendeu-a em 1923, dividida em cinco partes. A parte mais produtiva passou à família aristocrática Gangi, de Palermo, que continuou a fazer o vinho, mas já com outra orientação, privilegiando a produção de vinhos à base de Moscato. Após as grandes guerras, a vitivinicultura foi sendo abandonada e atualmente, pelas mãos do Instituto Regional dos Vinhos e Azeites da Sicília, inicia-se um projeto de retomada da produção de vinhos de qualidade na fazenda de Zucco.

O filme de Lídia Rizzo faz parte desse processo de renascimento, ao resgatar e projetar esse passado na tela do cinema, para além do silêncio dos museus, numa linguagem mais atual e acessível às novas gerações. É assim ela assina Zucco com a seguinte epígrafe: "Se você ignora o nome das coisas, até o mesmo o conhecimento delas desaparece." (Carl Nilsson Lannaeus).


quinta-feira, 19 de junho de 2014

Bordeaux inicia a construção da Cidade das Civilizações do Vinho, o maior museu sobre a cultura do vinho do mundo



Por Rogerio Ruschel (*)


A Cidade das Civilizações do Vinho, projetada para "explicar a verdadeira dimensão universal da bebida" teve a pedra fundamental lançada na metade de 2013 e as obras iniciadas no canteiro em janeiro de 2014; a previsão de inauguração é abril de 2016. 



Será um complexo arquitetônico de madeira e vidro (materiais importantes na atividade vinícola) com 55 metros de altura e um design similar a um decantador gigante, formando uma espiral curva que vai permitir visualizar as margens do rio Garonne (veja acima e abaixo, imagens aplicando a maquete na futura localização). 


O logotipo (na abertura deste post), estiliza a concepção arquitetônica e lembra  o traçado Morro do Pão de Açúcar do Rio de Janeiro.


A área total será de 14.000 metros quadrados, dos quais 750 serão utilizados para espaços de exposição fixos e 3.500 metros quadrados serão utilizados para um itinerário que vai apresentar 23 salas temáticas. Veja a seguir esquetes gráficos com os módulos do futuro itinerário a começar pelo Módulo 1, sobre “o mundo dos vinhedos”.


A visita guiada ao centro, que terá cerca de três horas, será oferecida em oito idiomas e haverá também um itinerário especial para os mais jovens e serviços para idosos. Abaixo o Módulo 2, sobre “no coração dos rerroirs”



Serão oferecidos cursos com foco em “uma imersão no universo cultural do vinho", marcada por "estágios lúdicos, oníricos e sensoriais", para permitir uma melhor compreensão da importância do vinho. O Módulo 3, abaixo é sobre “vinhos para todos os gostos”.


A construção do centro, que "não é nem museu nem parque temático, mas tudo isso e muito mais", segundo qualificou o diretor do projeto, Philippe Massol, será executado por um consórcio de 40 empresas se reuniram em torno da empresa GTM Bâtiment Aquitaine, subsidiária da empresa de construção Vinci Construction. Abaixo, o Módulo 4, sobre a água e o vinho.


"Queremos ajudar a proteger e transmitir ao público em geral a milenar cultura do vinho", informou aos jornalistas no evento de início das obras Sylvie Cazes, uma das líderes do projeto, para quem o futuro centro será o primeiro de seu tipo na Europa. Veja abaixo o Módulo 5, sobre “o vinho no coração das civilizações”


O complexo também contará com um auditório com 250 lugares, uma sala de documentação e leitura, um centro de mídia e seis salas de reuniões para oficinas de iniciação e degustação. Veja abaixo o Módulo 6, sobre “o vinho e o despertar dos cinco sentidos”


Em principio o centro terá duas grandes exposições anuais e uma ampla programação com diferentes manifestações artísticas, científicas e culturais como concertos, debates e simpósios. Abaixo o esboço do Módulo 7, que será sobre “o vinho e você”


O custo total do projeto está estimado em 63 milhões de Euros, dos quais 77% virão de  financiamento público (compartilhado pela União Europeia , pelo Conselho da Cidade e pelo governo francês, entre outros agências) e os 23% restantes do setor privado. O Módulo 8, abaixo, apresentará o tema “sabores e sonhos”.


O critico de vinhos Robert Parker foi nomeado embaixador da Cidade – veja foto abaixo.


A abertura ao público está prevista para abril de 2016. Com a Cidade das Civilizações do Vinho, a cidade de Bordeaux, que já é considerada a capital econômica do vinho, se tornará também a capital cultural do mundo do vinho. Abaixo, uma concepção do futuro restaurante panorâmico.


Em termos empresariais o centro vai criar 600 postos de trabalho durante a fase de construção e 750 empregos, direta ou indiretamente, uma vez concluído; entrando em operação deverá movimentar cerca de 40 milhões de euros por ano para a economia local, com a visitação estimada decerca de 450 mil pessoas cada ano, dos quais 80% seriam turistas franceses e 20% estrangeiros. A cidade de Bordeaux já recebe uma média de três milhões de visitantes por ano.


(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e gostou muito de Bordeaux quando lá esteve.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Châteaux de Bordeaux inspiram artista a criar série de desenhos


Coleção com 26 desenhos de Jonathan Warrender tem representações dos mais importantes produtores de Bordeaux

O artista escocês, Jonathan Warrender, inspirou-se em Bordeaux para criar uma coleção de 26 desenhos que retratam alguns dos mais famosos Châteaux da região, entre eles os cinco Premier Cru, como Margaux, Latour, Haut-Brion, Mouton Rotschild e Lafite. O trabalho durou dois anos e só terminou em agosto de 2012.

A ideia do projeto nasceu em uma visita feita por Warrender para pintar um quadro do Château Latour mais de 20 anos atrás. Com a ajuda de Fiona Morrison, do Le Pin, e Mark Walford , fundador da importadora Richards Walford, ele compilou uma lista de Châteaux que “formam uma coleção interessante e realmente mostram às pessoas de onde seus vinhos vêm", segundo suas próprias palavras.

Muitos dos Châteaux mais característicos da região, incluindo alguns de projetos arquitetônicos mais modernos estão retratados. "Alguns eram mais difíceis de fazer do que outros, mas ser capaz de completar essa tarefa foi o maior prazer, foi muito bom terminá-la", conta Warrender.
Embora muitas dessas propriedades tenham sido regularmente retratadas em dezenas de mídias ao longo dos séculos, Warrender lamenta que elas deem preferência para as representações fotográficas atualmente. "O vinho é como uma arte e tem uma tradição muito forte. É uma pena que eles estejam envolvidos tão diretamente com fotografia. Idealmente, este é um lugar extremamente artístico, em que três desenhistas, olhando do mesmo ponto de vista, poderiam trazer interpretações muito diferentes", conta o artista.

Os desenhos originais já foram vendidos a um colecionador de Hong Kong. No entanto, uma edição limitada de 30 impressões está disponível por 200 libras cada. Numeradas e assinadas pelo artista, as impressões têm formato 52 cm x 35 cm e foram feitas em papel resistente ao tempo. 

Abaixo, alguns dos desenhos de Warrender.

A fachada do Château Haut-Brion

 As vinhas do Château Lafite

  As vinhas do Le Pin

 Os jardins do Château Leoville-Barton

 Fachada do Château Margaux

 Pórtico do Mouton-Rothschild

Os vizinhos Pichon Longueville e Latour

As caves do Château Ausone

 As modernas construção do Château Cheval Blanc

 Pátio do Château Cos d'Estournel

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